A gestão da cadeia logística nas organizações sempre foi um fator determinante para o desenvolvimento de qualquer atividade, mas é indiscutível que o seu papel tem se tornado cada vez mais relevante com o passar dos anos – tornando-se também um diferencial competitivo.

No segmento da construção, essa realidade é ainda mais presente, uma vez que a cadeia logística é composta de inúmeras frentes, como a logística de layout de canteiro, de movimentação, estoque, armazenamento, distribuição, compras e até logística reversa.

Garantir uma gestão integrada para essas atividades é fundamental no setor construtivo. Afinal, são funções interdependentes e que precisam ser executadas com o máximo de precisão!

A seguir, saiba mais sobre esses conceitos, suas competências e descubra a importância de organizar e promover o acompanhamento correto para cada um deles. Confira!

Os principais segmentos da cadeia logística da construção civil

Para que você entenda como cada aspecto logístico de um projeto precisa ser devidamente ponderado e planejado, elencamos alguns dos segmentos mais importantes da cadeia logística. Abordaremos suas principais características e a sua relevância na execução de uma obra.

1- Layout de canteiro

Em poucas palavras, a logística de layout do canteiro de obras é aquela que gere todos os fluxos de trabalho que serão realizados no canteiro.

Por mais que esse pareça um aspecto óbvio de qualquer construção, é comum que muitas construtoras o negligenciem; optando por um processo organizacional mais imediatista, que prioriza a solução de problemas na medida em que eles surgem.

Sem um planejamento prévio – que precisa ser revisto constantemente ao longo da obra – as atividades perdem significativamente em termos de segurança!

Sendo assim, a logística de layout de canteiro de obras não é importante apenas como um mero instrumento organizacional, mas também como uma ferramenta de melhoria contínua das ações de gestão e dos processos construtivos.

2- Movimentação

Basicamente, a logística de movimentação inclui todo o planejamento sobre como os agentes envolvidos nas etapas de produção receberão os insumos necessários para cada tarefa.

Além de definir as melhores rotinas de deslocamento para as cargas, essa etapa ainda compreende a busca por melhores soluções em maquinário e equipamento para as entregas.

3- Estoque

O almoxarife hoje é considerado um dos alicerces mais importantes de qualquer obra. A logística de estoque garante o controle exato de demanda e entrega de materiais a fim de evitar gastos excessivos com armazenamento.

A tendência atual é a manutenção do menor estoque possível, uma vez que os gestores têm a visão de que o armazenamento deve lidar apenas com aquilo que for estritamente necessário para a realização do projeto. Por isso, controles precisos e até parcerias com fornecedores para entregas mais imediatas são comuns nesse tipo de gestão, além de soluções tecnológicas que garantam um controle de estoque mais prático e automatizado.

4- Armazenamento

O planejamento que envolve a logística de armazenamento visa uma organização precisa de todos os estoques.

Mais que garantir o local correto de armazenamento e respeitar os limites das pilhas, é necessário atestar que as condições ambientais estão alinhadas ao tipo de material em questão e evitar misturas e contato com intempéries do tempo – como a umidade.

Além disso, planejar os locais onde a estocagem será feita, seus acessos e a proximidade com determinadas áreas para reduzir os transportes também é fundamental para manter o alinhamento com os princípios gerais de logística.

5- Distribuição

É a etapa logística que se dedica ao planejamento da distribuição dos pedidos. Deve considerar todos os recursos, maquinário e dados para que os trabalhos planejados no projeto possam ser executados e monitorados sem problemas.

É nessa etapa que precisam ser considerados e eliminados eventuais gastos desnecessários com tempo e mão de obra dedicados às movimentações no canteiro.

Ao fechar negócio com um fornecedor, evite situações como a descarga de blocos à granel ao longo da obra, por exemplo. Ao considerar os volumes de insumos necessários, prever eventuais reposições e estabelecer um contrato que antecipe da chegada até o armazenamento e a distribuição do material, você garantirá uma logística muito mais assertiva.

6- Suprimentos

De forma resumida, a logística de suprimentos compreende o planejamento de todos os recursos necessários para a execução de uma obra – tanto humanos quanto materiais.

É nela que são planejadas as aquisições, elencados os fornecedores, definido o transporte de recursos até o canteiro de obras, entre outros pontos fundamentais relacionados.

7- Logística reversa

A fim de evitar a perda de materiais após o término da obra, a cadeia logística também precisa ser pensada de maneira inversa – considerando o retorno de determinados itens não foram utilizados na execução do projeto.

Isso geralmente ocorre durante a desmobilização da obra, quando os insumos são realocados para outra construção (ou até um estoque principal), para que sejam utilizados futuramente.

Cadeia logística alinhada: melhores resultados

Ao conhecer melhor os conceitos da cadeia logística da construção, fica claro como cada aspecto é capaz de influenciar em todos os pontos fundamentais de qualquer projeto!

Para ressaltar ainda mais a importância de uma cadeia logística bem alinhada para a estratégia das construtoras, destacamos as principais características que esse tipo de cuidado agrega aos processos internos e externos no segmento construtivo:

  • Maior eficiência e agilidade na resolução de problemas, uma vez que o gerenciamento integrado permite o mapeamento completo dos processos – o que facilita a identificação de ocorrências e aponta as suas soluções mais precisas;
  • Redução dos estoques, pois o gerenciamento mais preciso da cadeia permite que os fornecedores mantenham o abastecimento conforme as necessidades da obra;
  • Melhor controle de fornecedores, que podem ser submetidos a avaliações de desempenho e ter todos os seus processos de transporte e abastecimento monitorados;
  • Menor índice de retrabalhos, uma vez que o controle logístico, além de evitar erros, também elimina a execução de tarefas redundantes ou até desnecessárias;
  • Redução de desperdícios, também advinda do melhor controle de estoque e da otimização dos processos construtivos;
  • Maior qualidade final para a obra, graças à possibilidade de acompanhamento integral dos suprimentos, colaboradores, fornecedores, processos e serviços executados.

A importância da inovação no segmento construtivo

Tão importante quanto voltar os seus investimentos para a inovação, é compreender que esse conceito precisa ser, acima de tudo, um aspecto cultural das construtoras!

Adotar novos processos e investir em novas ferramentas exige que os membros da gestão, da execução e da cadeia de suprimentos estejam preparados para encarar os desafios da obra como um todo – considerando cada etapa da cadeia logística também como uma responsabilidade sua.

Atualmente, existem softwares de gestão, por exemplo, que facilitam significativamente os desafios encontrados em cada segmento logístico mencionado anteriormente. Contudo, é preciso considerar a solução de cada problema com um olhar voltado à inovação.

Via Mobuss